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Mostrando postagens de março, 2025

As Más Companhias de Davi

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I. A Escolha do Caminho Davi cresceu em uma vila pacata, onde a vida era simples, mas repleta de valores. Filho de um humilde ferreiro, ele aprendeu desde pequeno que o caráter de um homem se molda por suas escolhas. Seu pai sempre lhe dizia: — Davi, o ferro que escolhemos forjar define a lâmina que empunhamos na vida. Com talento nato para os estudos e uma postura disciplinada, Davi sonhava em mudar o destino de sua família. Quando recebeu uma bolsa de estudos para a maior cidade da região, sua família comemorou. Seu pai, emocionado, apenas lhe disse: — Nunca se esqueça de quem você é. Davi partiu cheio de sonhos. Mas, na cidade grande, o desafio seria maior do que imaginava. II. A Influência dos "Amigos" Nos primeiros meses, Davi manteve sua rotina de estudos. Mas, na nova universidade, ele conheceu Rafael, Lucas e Bruno, três jovens que, apesar do bom humor e da popularidade, tinham hábitos bem diferentes dos seus. — Você não pode viver só para os livros, Davi!...

O Leque Dourado de Amaya

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Na província de Yamagata, onde os ventos sussurravam entre as montanhas e as cerejeiras pintavam o céu de rosa na primavera, vivia Amaya, uma jovem conhecida por sua graça e serenidade. Filha do mestre artesão Haru, ela crescera ouvindo as palavras sábias de seu pai: — O respeito não se exige com gritos, mas se conquista com sabedoria. Amaya era admirada, mas também despertava inveja. Entre aqueles que a viam com olhos duvidosos, estava Hana, filha de um rico mercador. Ambiciosa e impulsiva, Hana não suportava o modo como todos olhavam para Amaya com admiração. Desde crianças, seus caminhos se cruzavam. Quando estudavam poesia, Hana tentava ofuscar Amaya declamando versos exagerados. Nos treinos de dança, ela se esforçava para parecer mais elegante, mas seu desejo de ser a melhor a tornava rígida. — Você finge ser humilde, mas gosta da atenção tanto quanto eu — sussurrava Hana, sempre que Amaya recebia elogios. Amaya apenas sorria e desviava o olhar. Sabia que discutir não mudaria nada...

O Frio que Vem de Dentro

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Conta-se que seis homens ficaram presos em uma caverna após uma avalanche de neve. Eles precisariam esperar até o amanhecer para serem resgatados. No centro da caverna, uma pequena fogueira queimava. Cada um deles trazia um pouco de lenha. E todos sabiam: se o fogo se apagasse, o frio os mataria antes do sol nascer. A única chance era manter aquela chama acesa. Mas então chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. E foi aí que o verdadeiro frio começou. O primeiro homem era racista. Olhou para os outros e viu um negro entre eles. Pensou consigo: — Dar minha lenha para aquecer um negro? Nunca! E escondeu sua lenha com desprezo. O segundo era rico e avarento. Estava ali por causa de uma dívida. Viu entre eles um homem simples, pobre, com roupas rasgadas e pensou: — Eu, ajudar um preguiçoso? Jamais. E segurou sua lenha como se fosse um tesouro. O terceiro homem era negro. E seus olhos carregavam mágoa. Ele pensou: — Por que daria minha lenha para salvar um branco? ...

O Peso da Sabedoria dos Idosos

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Na aldeia de Arvendell, cercada por montanhas imponentes e vales verdejantes, vivia um jovem chamado Elias. Ele era forte, destemido e ansioso para deixar sua marca no mundo. Mas carregava no coração uma impaciência crescente com os anciãos da aldeia. — Sempre contando as mesmas histórias! — resmungava para seus amigos. — Falam como se o mundo fosse o mesmo de cem anos atrás! Os outros jovens riam e concordavam. Na visão deles, os mais velhos eram apenas sombras do passado, um fardo para a aldeia. O ancião mais respeitado era Samiel, um homem de olhos profundos como um lago e uma voz serena. Ele frequentemente se sentava na praça, contando histórias sobre tempos antigos, mas Elias sempre evitava ouvi-las. Para ele, eram apenas lendas sem valor. Um dia, a aldeia enfrentou um problema: a estrada que levava à cidade vizinha era longa e tortuosa. Um grupo de jovens, liderados por Elias, propôs um atalho por um desfiladeiro, encurtando a viagem em quase um dia. Os anciãos se opuseram. — Aqu...

A Disputa entre o Vento e o Sol

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Era um dia cinzento e frio. Nuvens densas cobriam o céu, e um vento gelado soprava pelas colinas. As árvores balançavam suavemente, e um homem caminhava sozinho por uma estrada de terra, enrolado em sua jaqueta, com o olhar fixo no chão e as mãos enfiadas nos bolsos. No alto, observando a cena, o Vento e o Sol discutiam. — Veja só aquele homem — disse o Vento, inflando-se de orgulho. — Aposto que consigo fazê-lo tirar a jaqueta em poucos segundos. Sou muito mais forte do que você, Sol. O Sol, com sua expressão tranquila, apenas sorriu e respondeu: — Se é isso que pensa, vá em frente. Mostre do que é capaz. O Vento não esperou um segundo. Encheu os pulmões invisíveis e soprou com toda a sua força. As árvores se curvaram, folhas voaram pelo ar, e o homem quase perdeu o equilíbrio. A poeira se ergueu em redemoinhos, chicoteando seu rosto. Mas, em vez de ceder, o homem encolheu os ombros, apertou ainda mais a jaqueta contra o corpo e inclinou-se para frente, como quem enf...

O Enigma da Porta

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No país das Mil e Uma Noites, havia um rei conhecido por sua crueldade e pelos enigmas que cercavam suas decisões. Um de seus hábitos mais polêmicos era a forma como lidava com os prisioneiros de guerra. Após cada batalha, os capturados eram conduzidos a uma imensa sala de pedra, de atmosfera pesada e sombria. Os prisioneiros eram enfileirados no centro da sala enquanto o rei, com sua voz grave e penetrante, iniciava o discurso habitual: — Vou dar uma chance a vocês. Olhem para o lado direito da sala. Todos se voltavam e viam arqueiros de postura rígida, com arcos armados e flechas prontas para o disparo. O brilho das pontas metálicas refletia a pouca luz que entrava pelas frestas. — Agora, olhem para o canto esquerdo. Ao se voltarem, os prisioneiros se deparavam com uma gigantesca porta negra, de mais de quatro metros de altura. Era uma visão pavorosa: caveiras humanas decoravam a madeira escura, sangue seco tingia as bordas, e a maçaneta era uma mão esquelética. Pala...

O Valor do Tempo

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  Dizem que, certa vez, um jovem morador de uma pequena aldeia no interior da China não dava a menor importância ao tempo. Tudo deixava para depois. Achava que era novo demais para se preocupar, dizia sempre que tinha todo o tempo do mundo e, por isso mesmo, não o valorizava. Mas, um dia, cruzou o caminho de um velho sábio, conhecido por sua alegria e serenidade. O ancião dizia ser um homem realizado, pois soubera aproveitar bem cada instante da vida. Mesmo agora, com seus dias contados, era grato pelo pouco tempo que ainda lhe restava. Intrigado com aquela visão tão diferente da sua, o jovem perguntou: — Senhor, por que o senhor valoriza tanto o tempo? Poderia me explicar qual é o verdadeiro valor dele? O sábio sorriu e, percebendo o interesse sincero do rapaz, respondeu com uma metáfora: — Para compreender o valor do tempo, vamos imaginar que ele é como dinheiro. Suponha que você tenha uma conta bancária onde, a cada manhã, são depositadas 86.400 moedas. Mas há uma condição: você...

O Teste das Três Peneiras

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João estava animado e um pouco ansioso. Recém-transferido para uma nova equipe na empresa, ele queria causar uma boa impressão logo no primeiro dia. Enquanto organizava sua mesa, avistou o supervisor, Sr. Ricardo, passando pelo corredor. Pensou que aquela era uma boa oportunidade para se aproximar. — Olá, chefe! Tudo bem? — disse João, com um sorriso. — Tudo certo, João. Como está se adaptando? — respondeu Ricardo, de maneira cordial. — Estou gostando muito. A equipe parece ótima — disse João. — Aliás, o senhor não vai acreditar no que ouvi sobre o Silva. Disseram que ele... Antes que pudesse continuar, o supervisor levantou a mão, interrompendo-o com calma: — Espera um pouco, João. O que você vai me contar já passou pelo teste das três peneiras? João ficou confuso, sem entender o que Ricardo queria dizer. — Peneiras? Que peneiras, chefe? Ricardo deu um sorriso leve e explicou: — A primeira peneira é a da VERACIDADE. Você tem certeza absoluta de que o que ouviu é verdade? João hesitou,...

O Menino e as Caixas de Papelão

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Em uma tarde comum, um garoto humilde, que trabalhava como catador de papel pelas ruas da cidade, percorria seu caminho costumeiro em busca de materiais recicláveis. Ao passar por um imponente estabelecimento comercial, notou a movimentação elegante de pessoas bem vestidas entrando e saindo do local. Impressionado com a grandiosidade da loja, pensou consigo: — Aqui devem sobrar muitas caixas. Vou voltar depois do expediente para pedir algumas ao dono. Elas podem me render um bom dinheiro. Quando anoiteceu e a loja finalmente fechou as portas, o garoto voltou. Na entrada, avistou um senhor muito bem arrumado, despedindo-se dos últimos clientes. O menino, com humildade, se aproximou: — Senhor, posso falar com o dono da loja? — Sou eu mesmo. O que você deseja? — respondeu o homem com desconfiança. — Eu queria saber se o senhor poderia me dar as caixas que não vai usar. Eu as venderia para reciclagem. A reação do empresário foi ríspida. Visivelmente irritado, gritou com o garot...

O Fazendeiro e os Pássaros

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Era uma vez um fazendeiro que vivia perto de um rio. Do outro lado do rio, havia algumas árvores grandes onde muitos pássaros viviam. Todos os anos, o fazendeiro plantava grãos em seus campos, mas os pássaros vinham e comiam os grãos, o que fazia sua colheita ser menor. O fazendeiro ficou frustrado e decidiu afastar os pássaros. Um dia, ele espalhou uma rede em seu campo e jogou alguns grãos como isca. Quando os pássaros vieram comer, ficaram presos na rede. O fazendeiro recolheu os pássaros capturados e os levou para uma floresta distante, onde os libertou. Ele ficou feliz, pensando que havia resolvido o problema. No entanto, quando chegou a época da colheita, o fazendeiro percebeu algo pior: suas plantações estavam sendo devoradas por insetos, causando um dano muito maior do que quando os pássaros estavam por perto. Confuso e chateado, ele não sabia o que fazer, então procurou um velho e sábio fazendeiro da aldeia para pedir conselhos. Depois de ouvir sua história, o velho sorriu e d...

Sobre o Blog

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Bem-vindo ao " Canal   Contos & Parábolas" , um espaço dedicado a histórias que tocam o coração, despertam a reflexão e inspiram mudanças. Aqui, cada conto e parábola é cuidadosamente escrito para transmitir ensinamentos valiosos sobre a vida, a sabedoria cotidiana e princípios que atravessam gerações. Nosso objetivo é compartilhar mensagens profundas por meio de narrativas envolventes — histórias que fazem pensar, sentir e, muitas vezes, enxergar o mundo com outros olhos. Seja para um momento de inspiração, uma pausa na rotina ou uma reflexão mais profunda, este blog foi criado para oferecer conteúdo que nutre a alma. Esperamos que cada leitura seja uma semente plantada em seu coração — que floresça em ações, escolhas e transformações positivas.

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