A Lei do Retorno – A Parábola do Mendigo e o Rei

Um mendigo medieval segurando pedaços de ouro nas mãos.

Certa vez, um mendigo caminhava pelas ruas poeirentas de uma aldeia, segurando com cuidado seu prato de arroz — talvez a única refeição do dia. Ele andava devagar, protegendo cada grão como um tesouro, quando de repente, um cortejo real se aproximou.

Era o próprio rei daquelas terras. Com majestade e simplicidade, ele desmontou do cavalo e, surpreendendo o mendigo, o cumprimentou com gentileza.

— Boa tarde, meu amigo. Poderia me oferecer um pouco do seu arroz?

O mendigo ficou atônito. Pensou:
"Ele é o rei! Pode ter tudo o que quiser... por que pedir justamente o meu arroz? Eu só tenho esse prato, e ainda assim ele quer uma parte?"

Tomado por dúvidas, mas receoso de desrespeitar o rei, o mendigo cedeu. Ainda assim, foi mesquinho. Com os dedos, pegou apenas um único grão de arroz e o entregou ao rei.

O rei o pegou com um leve sorriso, fechou a mão do mendigo sobre o grão e sussurrou algo incompreensível. Depois, sem dizer mais nada, montou novamente em seu cavalo e partiu.

Intrigado, o mendigo abriu a mão. Seus olhos se arregalaram: o grão de arroz havia se transformado em uma pepita de ouro!

Seu coração disparou. Olhou para seu prato e o desespero tomou conta. Saiu correndo atrás do rei, gritando:

— Majestade, espere! Mudei de ideia, por favor, aceite mais do meu arroz!

O rei então olhou para trás e respondeu com serenidade:

— Não, meu bom homem. Você já recebeu da vida aquilo que ofereceu com o coração. Nem mais, nem menos.

E partiu.

O mendigo parou, sem fôlego, e caiu de joelhos. O arrependimento o consumiu. Pensava em como a sua avareza lhe custara uma oportunidade grandiosa. Se tivesse dado mais... quanto mais poderia ter recebido?

Moral da história: A vida funciona com base em um princípio simples e profundo: você recebe aquilo que oferece.
A generosidade é uma semente. O que você planta, você colhe.

O mendigo recebeu exatamente o que deu — um único grão — transformado pela bondade em ouro. Mas sua relutância em doar mais o impediu de receber mais. E assim é com todos nós.

Se você dá ao mundo o seu melhor, o mundo retribui. Se age com egoísmo, recebe em troca a mesma medida. A vida é como um espelho: reflete aquilo que projetamos.

Por isso, seja generoso, mesmo quando sente que tem pouco. A bondade genuína não depende da quantidade, mas da intenção do coração.
E lembre-se sempre: a lei do retorno é real. Tudo o que você faz — de bom ou de ruim — voltará para você.

Então, pense antes de agir. Plante boas ações. Pratique o bem com sinceridade.
Porque no final das contas, a vida te dá exatamente aquilo que você entrega a ela.

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