A Lição das Três Rãs e o Poço
Era uma vez um grande grupo de rãs que vivia alegremente em uma floresta. Todos os dias, elas se reuniam para cantar, pular e brincar. A vida era simples, mas repleta de risos, amizade e liberdade.
Certo dia, impulsionadas pela curiosidade, decidiram explorar uma floresta diferente da que estavam acostumadas. O entusiasmo era contagiante. Pulavam entre as folhas, corriam entre as árvores, encantadas com tudo o que viam.
Porém, em um momento de descuido, três rãs caíram em um poço profundo, escondido entre os arbustos. As demais, ao ouvirem os gritos de susto, correram até a beirada e se depararam com a profundidade assustadora daquele buraco.
“Não há como sair daí!”, exclamou uma delas. “Nós as perdemos…”
Lá embaixo, as três rãs tentavam, com todas as forças, escalar as paredes lisas e íngremes do poço. Escorregavam, caíam, mas insistiam. As que estavam na borda, porém, começaram a perder a esperança.
“Desistam. É impossível!”
“Não vale a pena continuar.”
“Parem de sofrer…”
Diante de tantas palavras desanimadoras, duas das rãs lá embaixo foram perdendo a força de vontade. Pouco a pouco, suas pernas cederam e seus corações se renderam. E, enfim, desistiram.
Mas uma delas continuou. Subia, escorregava, caía. E subia de novo. Repetia o esforço exaustivamente, sem desistir. As outras, vendo sua luta, diziam:
“Ela não entende? Vai morrer tentando…”
Mas a pequena rã não parava. E depois de muitas horas, suada, exausta, coberta de lama… ela conseguiu. Com um último salto, alcançou a borda do poço e saiu.
Houve um silêncio de espanto.
“Como você conseguiu?”, perguntou uma das rãs.
A rã salvadora apenas sorriu. Ela não respondeu... porque era surda.
Ela não ouvira uma só palavra das outras. Não escutou o desânimo, as críticas, os alertas de fracasso. O que ouviu foi apenas a própria vontade de viver, a voz interior que dizia: “Tente mais uma vez.”
Moral da história: Às vezes, ser “surdo” para as vozes negativas é um presente. Quantas vezes deixamos de tentar por causa do que os outros dizem? Quantas vezes desistimos por acreditarmos mais nas dúvidas alheias do que na nossa própria força?
A rã surda nos ensina que o que os outros pensam não define nossos limites. A persistência, mesmo diante do impossível, pode nos levar a lugares que ninguém acreditava serem possíveis.
Então, querido leitor, cuide do que você permite entrar no seu coração. Cerque-se de palavras que elevem, não que diminuam. E se as únicas vozes ao seu redor forem de derrota, aprenda com a rã: ignore-as.
Siga em frente. Pule mais uma vez. Porque, no fim das contas, é a sua vida. E ela merece ser vivida com coragem, autenticidade e alegria.

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