Seja Como as Flores

 

Um jovem pensativo observando um jardim de flores

Seja bem-vindo ao canal Contos e Parábolas. Hoje trago uma história inspiradora que fará você refletir sobre a importância de não se aborrecer com coisas alheias.

Em um dia de sol, um discípulo se aproximou de seu mestre, um homem sábio e experiente. O discípulo estava aflito, pois se aborrecia com facilidade. Ele perguntou:

– Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam.

O mestre ouviu com atenção o discípulo e, depois de um momento de silêncio, respondeu:

– Pois viva como as flores – advertiu o mestre.

– Como é viver como as flores? – perguntou o discípulo.

– Repare nestas flores – continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim. – Elas nascem no esterco e, ainda assim, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo o que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles, e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.

O discípulo refletiu sobre as palavras do mestre. Ele entendeu que, assim como as flores, não deveria permitir que os defeitos dos outros o importunassem. Deveria se concentrar em suas próprias virtudes e não se deixar levar pelas negatividades do mundo.

O discípulo agradeceu ao mestre pelo ensinamento e saiu do jardim com um novo coração. Ele estava decidido a viver como as flores, rejeitando todo mal que viesse de fora.

Moral da História: A história do discípulo e do mestre nos convida a refletir sobre como reagimos às dificuldades e às negatividades do mundo. Muitas vezes, somos como o discípulo no início da narrativa: nos deixamos afetar profundamente pelos defeitos e comportamentos alheios. Ficamos aborrecidos, angustiados e, em alguns casos, carregamos sentimentos de ódio ou ressentimento. No entanto, o ensinamento do mestre, "viver como as flores", nos oferece uma perspectiva transformadora.

As flores, mesmo crescendo no esterco, conseguem extrair dele apenas o que é necessário para sua sobrevivência, mantendo-se puras e belas. Esse comportamento nos ensina a importância de filtrar o que recebemos do mundo. Não podemos controlar as ações e atitudes das outras pessoas, mas podemos decidir como reagir a elas. Quando escolhemos nos aborrecer ou guardar rancor, estamos permitindo que o "esterco" do mundo manche nossas "pétalas".

Assim como as flores, precisamos aprender a extrair o que é útil e saudável das situações ao nosso redor e rejeitar tudo o que for prejudicial. Esse processo exige disciplina e autoconhecimento, mas é fundamental para mantermos a paz interior e o equilíbrio emocional.

Além disso, o mestre nos lembra que os defeitos dos outros pertencem a eles, não a nós. Essa simples verdade tem um poder libertador. Quando entendemos que não somos responsáveis pelas falhas alheias, deixamos de carregar um peso desnecessário. Passamos a focar em nosso próprio crescimento, em nossas virtudes e naquilo que podemos controlar.

"Viver como as flores" não significa ignorar os problemas do mundo ou ser indiferente às dificuldades dos outros, mas sim adotar uma postura de serenidade e sabedoria diante das adversidades. Significa compreender que a negatividade só nos afeta se permitirmos.

Ao aplicar esse ensinamento, podemos transformar nossas vidas. Passamos a cultivar uma mente mais tranquila, um coração mais leve e um espírito mais resiliente. Assim, nos tornamos fontes de inspiração para os outros, espalhando o perfume de nossas ações positivas, tal como as flores espalham sua fragrância.

Em suma, a moral da história é clara: seja como as flores. Rejeite o mal que vem de fora, valorize suas virtudes e viva de forma plena, sem permitir que os vícios alheios perturbem sua paz.

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