O Guarda-Chuva da Fé
Em meio à angústia, os moradores decidiram fazer algo que ainda não haviam tentado juntos: todos iriam orar ao mesmo tempo, cada um em sua casa, mas unidos em fé. Escolheram um horário. Quando ele chegou, o fazendeiro, sua esposa e a pequena filha se ajoelharam. As mãos trêmulas e os olhos marejados revelavam a dor contida.
O fazendeiro sussurrou:
— Senhor, sei que ouve as preces dos seus filhos. As nossas plantações estão morrendo. Por favor... mande chuva, ou não teremos como sobreviver.
A esposa orou em silêncio, enquanto as lágrimas escorriam discretamente.
A menina, com a voz suave e os olhos brilhando, também falou com Deus:
— Papai do céu, meu pai está muito triste. Eu sei que o Senhor pode tudo. Por favor, faz chover hoje... só um pouco... ou bastante... por favor.
Após a oração, o fazendeiro se levantou e anunciou que iria até os campos. Ao vê-lo saindo, a filha correu até ele:
— Espera, pai! Eu quero ir também!
Ela entrou correndo em casa e, para surpresa do pai, voltou com um guarda-chuva nas mãos.
— Por que trouxe isso, minha filha? Já está tarde e o sol se pôs — perguntou ele, confuso.
A menina respondeu com a simplicidade que só uma criança com fé pode ter:
— Ué, pai… a gente acabou de pedir chuva pra Deus. Se a gente sair sem guarda-chuva, vamos nos molhar quando ela vier!
O pai ficou sem palavras. Olhou para o céu: limpo, sem nuvens. Olhou para o rosto da filha: inocente, confiante. Dentro dele, uma voz sussurrou:
“Orar é importante, mas mais ainda é acreditar que sua oração será atendida… e viver de acordo com essa fé.”
Tomado por uma emoção profunda, o fazendeiro pegou a filha nos braços, beijou sua testa e seguiu com ela pelos campos, guarda-chuva em mãos.
E naquela noite... choveu.
Choveu como há muito tempo não chovia. Choveu forte, choveu leve, choveu como um abraço dos céus.
A Lição do Guarda-Chuva
Essa história simples nos oferece uma das maiores lições da vida: a força da crença verdadeira.
Todos no vilarejo oraram por chuva. Mas só uma pequena menina acreditou tanto na resposta da sua oração que saiu de casa preparada para ela. A fé daquela criança não era apenas palavras… era ação. Era convicção pura.
Quantas vezes oramos, sonhamos ou desejamos algo, mas no fundo, não acreditamos que será possível? A dúvida se instala em silêncio e nos impede de agir com confiança. Dizemos que confiamos, mas seguimos levando o guarda-chuva da descrença.
A verdadeira fé não é apenas esperar por algo. É viver como se aquilo que esperamos já estivesse a caminho.
Quando acreditamos de verdade:
Somos mais persistentes.
Não desistimos diante dos obstáculos.
Atuamos com mais energia e convicção.
A crença impulsiona nossas atitudes e nossas atitudes moldam nossos resultados. A fé, seja em Deus, na vida ou em nós mesmos, nos faz levantar, agir e prosseguir mesmo quando tudo parece impossível.
Até mesmo os remédios que tomamos, muitas vezes, funcionam melhor quando acreditamos que eles vão nos curar. E quando oramos com convicção, a fé transforma a realidade — mesmo que seja só dentro de nós, já é o começo da mudança.
Por isso, leve sempre seu guarda-chuva. Não importa o quão claro o céu esteja agora. Se você orou, se você sonhou, se você acredita... então prepare-se.
Porque aqueles que acreditam de verdade são os que estão prontos para acolher a chuva de bênçãos quando ela finalmente vier.
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