O Peso de Uma Oração

Uma foto de close-up de uma mulher idosa com expressões e rugas profundas, mostrando a riqueza e a experiência da idade.

Em uma tarde nublada, uma senhora de aparência cansada e vestes simples adentrou timidamente um armazém. Seu rosto trazia marcas de preocupação e sofrimento, e seus passos denunciavam o peso que carregava na alma. Aproximou-se do balcão onde estava o dono do estabelecimento, um homem conhecido por sua rigidez e falta de compaixão.

Com a voz embargada, ela disse:

— Senhor, por favor... meu marido está muito doente, não pode mais trabalhar. Tenho sete filhos em casa, e estamos sem comida. Poderia me vender alguns mantimentos fiado? Assim que eu conseguir, eu lhe pago...

O comerciante franziu o cenho e respondeu de forma ríspida:

— Aqui você não tem crédito nem conta. E, sinceramente, não posso ajudar.

A mulher, visivelmente abalada, baixou a cabeça, mas não desistiu:

— Por favor, é questão de necessidade. Eu lhe pagarei assim que puder, eu prometo...

O dono do armazém zombou dela com desdém e fez menção de mandá-la embora. Nesse momento, um homem bem vestido, que observava a cena do outro lado do balcão, deu um passo à frente e dirigiu-se ao comerciante:

— Dê a essa mulher tudo o que ela precisa. Coloque na minha conta.

O comerciante hesitou, desconfiado, mas aceitou a proposta. Depois, virou-se para a mulher e disse com ironia:

— Você tem uma lista do que precisa? Pois bem... coloque-a na balança. O quanto ela pesar, eu darei em mantimentos.

A mulher ficou em silêncio por alguns instantes. Em vez de pegar um papel já pronto, ela abriu sua bolsa, tirou um pedaço de papel amassado, escreveu algo rapidamente, e o colocou com delicadeza sobre o prato da balança.

Assim que o papel pousou ali, para surpresa de todos, o prato desceu imediatamente, como se carregasse um grande peso. O comerciante arregalou os olhos, pasmo. Tentou ajustar a balança, mas o papel continuava pressionando o prato para baixo, como se algo invisível, mas imensamente pesado, estivesse ali.

Sem entender o que se passava, ele começou a colocar mantimentos no outro prato da balança: arroz, feijão, farinha, óleo, leite, macarrão... e nada fazia o equilíbrio se restabelecer. Continuou colocando mais e mais itens, até que os produtos começaram a transbordar do prato.

Impressionado e confuso, ele parou e, com mãos trêmulas, pegou o papel. Esperava encontrar uma longa lista de compras. Mas, em vez disso, leu apenas uma curta oração:

“Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas necessidades. Eu estou deixando tudo em Tuas mãos.”

Houve um longo silêncio no armazém. O comerciante, que até então se mostrava insensível, entregou as mercadorias à mulher sem dizer uma palavra. Ela o agradeceu com os olhos marejados e deixou o local carregando o sustento que tanto precisava.

O homem generoso que havia pago a conta observava tudo com um leve sorriso. Ao ver a mulher partir, disse ao comerciante:

— Valeu cada centavo...

Somente mais tarde o comerciante percebeu que a balança estava quebrada. Mas no fundo, ele sabia que havia presenciado algo além da explicação lógica. Porque só Deus sabe o peso de uma oração sincera.

Moral da história: Às vezes, tudo o que temos é uma oração... e isso basta.
“E o meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus.”
– Filipenses 4:19

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